Foram ótimos 09 dias se deliciando nas caminhadas noturnas na praia, na observação de uma felicidade que todas as famílias parecem compartilhar quando estão na beira do mar esperando que mais uma vez as ondas venham e beijem nossos pés, como em um convite para dar um passo a mais e desfrutar dele.
Algumas das manhãs os passos mais firmes e rápidos pareciam dar a vida um sentido maior, principalmente quando, ao olhar para um dos lados, era possível visualizar que a imensidão do mar era maior do que a imensidão da minha alma. Luares foram tantos, todos acompanhados de risadas, piadas, olhares, silêncio em seguida.
E, quando tudo parecia estar perfeito, o retorno faz-nos lembrar que existem compromissos, que devemos tomar posição a favor ou contra algo, necessitamos de acordo com nosso próprio cronograma de vida, descer do muro e viver.
Pensou-se ainda que existiriam novas felicidade e, sim, não nego elas estavam ali, tão próximas que pareciam um milagre.
Mas quando próximas demais, já ao alcance das mãos, voaram, perderam-se, ou melhor, renderam-se a outros sonhadores, não a mim.
Queria poder compartilhar meu triste amadorismo em sofrer, mas infelizmente a inspiração nasce aí. Quando mais uma vez descobrimos que nós não somos somente aquilo achamos que somos, nem perto disso, nem heróis, nem antiheróis, somos humanos o suficiente para amar, sofrer, rir e chorar, enfim, viver.
Pothi
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