A um passo do céu ou do inferno.
Minhas escolhas são indefinidas e realmente não sei o que
pensar e o que fazer.
Quero nada.
Quero nada agora.
Quero ir bem longe, embora, queria ficar perto talvez.
Tenho dores na alma que choram.
Tenho marcas na pele que lembram, que hoje não é a primeira
vez disso em mim.
Sinto que amanhã só piora.
E que não importa a hora, manhã ou madrugada, noite ou
tarde, tudo me embaraça e me deixa mais longe do que nunca.
Meus dedos obedecem só uma lei.
Meus olhos insistem em ver só aquilo que a alma sente agora.
Eu quero, eu preciso, me livrar disso, ou desse alguém, de
mim.
O vento, não mais brisa se torna vendaval em minha vida.
Sopra pra lá e pra cá e me prende dentro de mim mesma, sem
chance de saída.
Vou e não volto, nunca mais.
Vou e me perco por entre vielas sem fim e outro lugar. Não aqui.
Não tarde, presumo.
Não tarda.
Soa longe uma esperança.
Tão longe que não posso decifrar de onde ou de quem vem.
Não importa já me prendi dentro d’aqui.
As falas, as pessoas, os entendimentos.
Você e sua sempre obviedade de todas as coisas.
A sapiência inexistente, pois se houvesse alguma teria
surtado consigo mesmo;
O longe parece-me tão atrativo e o perto, uma perda de
tempo.
Haverá o dia em que eu simplesmente não retornarei. Aí então
terá em seus pensamentos que eu estava precisando de ti e não fui atendida.
Não tarde, repito.
Não tarda.
O complexo ou tosco para ti se tornará como simples aos
olhos.
Verás que tinha dor, que tinha vida, que tinha, somente
tinha.
Já não tem mais nada.
Tem só solidão e vazio.
Restou só o só da partida.
A palavra engasgada presumindo um amor que um dia existiu.
O coração rasgando presumindo um sentimento que naufragou
longe da costa.
As mãos buscando serem atadas agora pelo vento que as
encontra.
Os lábios beijando o vazio.
Nada mais há, senão o questionamento de o por que e o quando
isso tudo aconteceu.
Então verás que eu não mais estarei perto, por que já não
existo.
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