quarta-feira, 3 de abril de 2013

É tão fácil dizer que estou mal! Poxa, esperava o mínimo de compreensão de mim mesma em não aceitar algumas situações e evitar de lidar com elas, afinal de contas fugir é um possibilidade. Mas não, ao contrário, olho nos olhos da dificuldade e ainda cumpro rituais de batalha, tentando ser minimamente cordial ao meu medo de enfrentar!

Quem somos então?! Lutadores ou fugidores diários?!

Sorrio, sim, sorrio muito para mim mesma e sinto que hoje estou escrevendo por um prazer imensurável de dizer que não está tudo 100% mas eu,.... eu estou bem, melhor do que em muitos momentos.

No que nos tornamos?! Não importa a idade documental, física ou psicológica, presumo que muitos se tornem em fugidores constantes de tudo!Fogem do medo, da vida, da dor, do amor, do sonho, da realidade. Vivem fugindo, buscando o sonho do outro, vivendo a vida dos outros,se matando diariamente sem ao menos saber disso.

Enquanto isso outros lutam! /e quebram a cara/ Os fugidores riem/ Os lutadores quase desistem e ..../ ... se levantam pra ir de novo tentar.

Lutadores já cansados de tudo que não conseguiram conquistar, buscando olhar e enxergar o quão perto estão.../ quando olham, nada veem, mas continuam por que pensam estar logo ali! Ou, talvez, um pouco mais a frente.

Não sei quem sou e muito menos quem é você.
Penso que deve haver um meio termo nisto.  Sei que, hoje, estou mais pra lutador, do que fugidor, mas estive muitas vezes no outro lado deste muro.

Vou ir, lutar com minhas dúvidas crescentes, meus dias curtinhos, e lutar com o fugidor que pode existir dentro de mim...

Segue e sempre seguirá isto. Afinal só termina quando chega o fim e, realmente, ainda não chegou.


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

mano velho

Desacelerei! Resolvi respeitar o limite dos 80km/h. E, então, iniciei minha reflexão sobre o tempo que não temos, ou aquele que julgamos não ter.

Me falta há dias o sono, junto à isto, me falta a paciência e começo a surtar! Vem estes pensamentos que me reviram por dentro e eu sempre me desculpo, pois não tenho tempo para fazer as coisas que realmente queria.

Tempo.. tempo.. mano velho.


Ele voa e não sai do lugar. Ele some em um piscar de olhos, mas sempre está aqui ou ali.E vivemos com a impressão que os dias não passam, eles desaparecem.Acho que somos nós. Estamos nos escondendo da vida, nos prendendo às atividades do serviço, ao consumismo, à vida sedentária.


É o fim!  O tempo passa por que vivemos dentro de um carro, ônibus, metrô... tentando recuperar noites mal dormidas, problemas mal resolvidos, duvidas não esclarecidas, medos não discutidos.


E tudo o que acontece é que nada muda. E nós nos enfadamos com este tempo de correria, de viver correndo, de ter pressa para chegar e para sair. Os relógios não estão mais nos pulsos, e sim nos celulares que tocam sem cessar com a chegada de mensagens, e-mails, chamadas, despertadores.


 Nossa desculpa de diminuir o tempo da visita ao avô, de não cuidar tanto do jardim, de não visitar o amigo, é que temos compromissos importantes a nossa espera. Temos pessoas nos aguardando.Não se sabe mais quanto irá durar. Não é a toa que a depressão invade o mundo de forma não mais silenciosa.Enquanto isso, continuamos a dizer, que não podemos falar ou pensar sobre isso agora, por que não temos tempo.x

domingo, 20 de janeiro de 2013

A quem mereça ouvir e pensar, talvez mereça eu ler e mudar.


A um passo do céu ou do inferno.
Minhas escolhas são indefinidas e realmente não sei o que pensar e o que fazer.
Quero nada.
Quero nada agora.
Quero ir bem longe, embora, queria ficar perto talvez.
Tenho dores na alma que choram.
Tenho marcas na pele que lembram, que hoje não é a primeira vez disso em mim.
Sinto que amanhã só piora.
E que não importa a hora, manhã ou madrugada, noite ou tarde, tudo me embaraça e me deixa mais longe do que nunca.
Meus dedos obedecem só uma lei.
Meus olhos insistem em ver só aquilo que a alma sente agora.
Eu quero, eu preciso, me livrar disso, ou desse alguém, de mim.
O vento, não mais brisa se torna vendaval em minha vida.
Sopra pra lá e pra cá e me prende dentro de mim mesma, sem chance de saída.
Vou e não volto, nunca mais.
Vou e me perco por entre vielas sem fim e outro lugar. Não aqui.
Não tarde, presumo.
Não tarda.
Soa longe uma esperança.
Tão longe que não posso decifrar de onde ou de quem vem.
Não importa já me prendi dentro d’aqui.
As falas, as pessoas, os entendimentos.
Você e sua sempre obviedade de todas as coisas.
A sapiência inexistente, pois se houvesse alguma teria surtado consigo mesmo;
O longe parece-me tão atrativo e o perto, uma perda de tempo.
Haverá o dia em que eu simplesmente não retornarei. Aí então terá em seus pensamentos que eu estava precisando de ti e não fui atendida.
Não tarde, repito.
Não tarda.
O complexo ou tosco para ti se tornará como simples aos olhos.
Verás que tinha dor, que tinha vida, que tinha, somente tinha.
Já não tem mais nada.
Tem só solidão e vazio.
Restou só o só da partida.
A palavra engasgada presumindo um amor que um dia existiu.
O coração rasgando presumindo um sentimento que naufragou longe da costa.
As mãos buscando serem atadas agora pelo vento que as encontra.
Os lábios beijando o vazio.
Nada mais há, senão o questionamento de o por que e o quando isso tudo aconteceu.
Então verás que eu não mais estarei perto, por que já não existo.